Queda nas Exportações de Soja, Farelo de Soja e Milho em Janeiro de 2025
Divulgado Dados Expressivos da Anec:
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A exportação de soja em janeiro de 2025 está estimada em 1,71 milhão de toneladas, uma queda de 29% em relação às 2,4 milhões de toneladas exportadas em janeiro de 2024.
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As exportações de farelo de soja devem atingir 1,43 milhão de toneladas, uma redução de 18,8% em comparação com as 1,76 milhão de toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior.
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Para o milho, a previsão é de 2,9 milhões de toneladas exportadas em janeiro de 2025, uma queda de 17,3% em relação às 3,51 milhões de toneladas exportadas em janeiro de 2024.
Diversos fatores contribuíram para essa redução, e aqui estão alguns dos principais:
Menor demanda externa: A China, um dos maiores importadores de soja do Brasil, reduziu suas compras drasticamente. Em 2024, a China importou quase 17 milhões de toneladas de milho, mas em 2025, esse número caiu para apenas 2,1 milhões de toneladas. Essa redução na demanda chinesa impactou diretamente as exportações brasileiras.
Desafios logísticos: Problemas na infraestrutura portuária e no transporte interno dificultaram o escoamento da produção. Durante a semana de 25 de dezembro a 4 de janeiro, os portos brasileiros embarcaram apenas 121.211 toneladas de soja. Esses desafios logísticos contribuíram para a redução nas exportações.
Concorrência internacional: Outros países produtores de soja e milho, como os Estados Unidos e a Argentina, aumentaram sua produção e exportação, competindo diretamente com o Brasil. A maior oferta global de grãos pressionou os preços internacionais e reduziu a competitividade dos produtos brasileiros.
Condições climáticas: Condições climáticas adversas, como secas ou chuvas excessivas, afetaram a produção agrícola no Brasil. A safra de milho foi menos robusta em 2024, resultando em uma menor quantidade disponível para exportação em 2025.
Políticas comerciais: Mudanças nas políticas comerciais de países importadores também influenciaram a queda nas exportações. A União Europeia, por exemplo, adiou a entrada em vigor da lei antidesmatamento, o que trouxe alívio temporário ao mercado, mas ainda assim, as exportações de farelo de soja foram impactadas pela necessidade de ajustes nas operações para atender às novas exigências.
Esses fatores combinados resultaram na queda nas exportações de soja, farelo de soja e milho em janeiro de 2025.
É importante que o setor agrícola brasileiro continue a monitorar essas questões e buscar soluções para mitigar os impactos negativos no futuro.